IronMan Florianópolis 2014: O Ciclismo

Mantive uma estratégia em mente que me ajudou muito: terminar cada disciplina como uma prova, isso me ajudou bastante a manter o foco, por mais que tenham me falado a respeito da guerra psicológica que se trava durante uma prova dessas, sinceramente não tive dúvidas com respeito a mim na prova, na verdade vivi cada momento sem pensar tanto no depois.

0712_061090Qual foi minha surpresa em entrar na tenda de transição e encontrar tanta gente colocando também sua roupa de ciclismo para pedalar, ao invés de passar o dia com o macaquinho de triathlon, também preferi colocar minha roupa de ciclismo com a qual fiz todos os treinos. A camisa é bem confortável e os bolsos de trás ajudam bastante, coloquei neles, algumas batatas que não cabiam no “necessaire” da bike. A saída é um espetáculo, até sair de Jurerê você encontra muita gente torcendo e dando aquela força, o piso não permite também aplicar muita velocidade, mas saí um pouco na manha para construir uma velocidade maior na estrada. Chegando na estrada em direção ao centro já consegui colocar uns 30 Kms/h, quando passei no primeiro ponto de hidratação, meu squeeze de água chegou a cair uns 200m depois, cheguei a descer para pegar, pois não queria passar mais 20 minutos sem água, por isso, perdi uns 2 minutos e vi alguns participantes que já havia passado antes passar por mim.

Logo chegou a primeira ladeira séria, e foi aí que, mesmo com o Kinésio Tape aplicado na semana, mesmo com o Advil tomado antes da saída para o pedal, mesmo com a bike já ajustada para evitar esse problema, minha lombar começou a doer, ela me acompanhou, não a ponto de doer muito, mas a ponto de incomodar e de me fazer evitar às vezes utilizar o clipe. As ladeiras me dão um certo clima de Tour de France, a gente desenvolve uma boa velocidade no plano, mas nessas ladeiras caímos a uns 10 Kms/h, em uma cadência bem lenta, é divertido. Chegando na cidade já via os pelotões da ponta passarem, e alguns pelotões tão protestados pelo pessoal após a prova.

Na primeira volta, consegui manter uma boa média de 30 Kms/h, completei os primeiros 90 Kms em  2 horas e 57 minutos. Era divertido ver o apoio do pessoal em todo o percurso, no final ao voltar pela primeira ladeira, ouvia um barulho enorme que parecia ser alguma máquina, quando cheguei ao final, eram uns caras com chave de roda batendo no guard rail gerando um barulho muito legal. Mantinha minha constância em comer bananinhas em uma hora, os damascos em outra e quando comia o gel, comia também uma batata (cozinhada a vácuo Wapsa), só tive uma idéia na hora do quanto a batata era maior que 0712_046611pensava.

Abri a segunda volta pensando que a dor iria atrapalhar mais, mas passei um gel de Calminex para amenizar um pouco, o cansaço das ladeiras começou a fazer alguma diferença. Quando passávamos o túnel na cidade, tínhamos um percurso em que o vento fazia muita diferença, o tempo começou a estar mais frio e o vento aumentou, pensava nas minhas pernas mais cansadas e só tentava imaginar como seria a corrida, a volta foi mais lenta que a primeira, sem surpresas, mas ainda tive uma boa média. Meu único momento de desânimo foi chegar próximo ao Jurerê e encontrar o pessoal correndo. O fato era que o pessoal que estava correndo lá, já estava concluindo os primeiros 21 quilômetros e já haviam ido e voltado de Canasvieiras, coisa que ainda tinha que fazer, mas pedal pra frente e concluí tudo em 6 horas e oito minutos.


Deixe um comentário

JogaMana

manas jogando juntas

JOGANDO COM CRIANÇAS

Desconectar para conectar!

Action Phase

Reviews e notícias sobre jogos de tabuleiro! Novatos, veteranos, curiosos e entusiastas: sejam bem vindos!

Velhinho do RPG

Um Blog Nerd

timmacbride.com

Articles, books, sermons, and Bible study notes by Tim MacBride

nós ponto três

design.gastronomia.triathlon

Fernando Asdourian

Bem vindos, aqui alguns causos e umas aventuras esportivas por ai.

NOSSO DIÁRIO DE TREINO

Informações sobre treinos e corridas de rua

Godspacelight

Spirituality, Sustainability, Hospitality and Community

Hearts and Minds

O que não muda é que tudo muda.

Memoriola

Just another WordPress.com weblog

Poesia no Caos

O desconhecido ainda está por vir...

Carlos Toledo em Ação

vivendo o dia a dia

life: caffeinated

sharing life & coffee together